sábado, 31 de janeiro de 2009

Post Domingueiro, ou de Sábado à Noite (tanto faz)

Não percebo muito das configurações de blogs, por isso não sei muito bem colocar no blog a hora exacta em que o mesmo foi publicado. Por isso, se a hora de publicação deste post for declarada como sendo às 22, ou às 15.30, não acreditem. Na verdade, estou a escrever e a publicar este post às 5 da manhã. "Ah, 5 da manhã, seu grande maluco", dirão vocês. E eu responderei: não, LOL, não me deito a esta hora por ter andado a fazer noitadas. Na verdade, nesta noite de chuva, a única coisa que fiz foi sair de casa, há 3 horas atrás, para ir num instante buscar um pão com chouriço à padaria, na Rua da Rosa. E acrescento uma coisa: estou cheio de sono. E perguntarão: "então, mas se estás cheio de sono, porque é que não vais dormir?" Eu direi: porque, apesar de andar cheio de sono, ainda tenho um poucochinho mais de insónias do que de sono. Por isso, se me for deitar, estarei a UM pequeno passo de adormecer, mas as insónias levarão a melhor, e ficarei a UM passo de enlouquecer, de tanto tempo ficar às voltas na cama.
E é assim.
Mas esperem lá- há uma coisa que detesto ainda mais do que as insónias: é escrever posts ultra-pessoais, como se estivesse a fazer o meu diário online, onde conto as tristezas e agruras da minha vida. Por isso, não acreditem no que está escrito aqui atrás. Ou melhor, acreditem, mas como se fosse uma peça de ficção. Eu nem sequer tenho insónias, e esta peça foi publicada às 10 e meia de um Domingo (às 5 da manhã estava a dormir, ou num bar qualquer, já não me lembro).

sábado, 24 de janeiro de 2009

As minhas viagens-parte 2

Prossigo com as minhas viagens exóticas, por terras distantes, nunca antes atravessadas pelo homem ocidental. Ontem à noite, a conselho de uma leitora, fui visitar um local onde a fauna é, de facto, deveras interessante. Chamam a esse sítio “Martim Moniz”, e as pessoas são extremamente atenciosas. Quando me viram de máquina fotográfica na mão, ofereceram-se logo para pegarem na máquina, para me tirarem fotografias. Eu agradeci, mas recusei, pois não quero incomodar.
Fiquei surpreendido com o magnífico Sistema de Saúde existente em Portugal. Qual não foi o meu espanto, quando vi que existem, até, Hospitais para as Camisas! A foto que tirei está tremida, mas vou explicar a legenda: “Hospital das Camisas- punhos, transformações e confecções. Rouparia para panificação e Pastelaria”.
Emocionado com a bondade deste Estado-Providência, que não deixa as camisas fora do âmbito do seu Sistema de Saúde, construí um pequeno texto, sobre camisas e transformações, que coloquei a seguir a este post, onde lhe dou o nome de “Entremez das Camisas”.



Entremez das Camisas

CAMISA FILHO- pai, mãe, tenho uma revelação a fazer-vos!
CAMISA PAI- filho, que aspecto é esse? Parece que não és engomado há 2 dias!
CAMISA MÃE- é verdade, que aspecto desmazelado! Assim, não consegues arranjar estágio, ao pé das outras camisas brancas, de colarinho engomado!
CAMISA FILHO- e o que é que isso me interessa?
CAMISA PAI- o que é que te interessa? Olha, sabias que a camisa branca da Maconde, aquela nossa vizinha, que foi feita ao mesmo tempo que tu, e que tem exactamente as mesmas medidas que tu, arranjou o segundo trabalho, a servir de peça de roupa a um Director Geral?
CAMISA MÃE- é verdade! E agora, tem direito a uma gaveta própria, só para ela!
CAMISA FILHO- depois falamos sobre isso! Queria contar-vos uma coisa importante!
CAMISA MÃE- o que é que foi? Não me vais dizer que arranjaste outra namorada esquisita?
CAMISA PAI- sim, como aquela camisa vermelha horrível, que nos apresentaste! Nem sequer tinha mangas, que horror! Que bandalha!
CAMISA MÃE- quantas vezes é que já te dissemos que devias namorar com camisas do teu estatuto, brancas, sem riscas, mangas compridas e colarinhos engomados?
CAMISA FILHO- olhem, é sobre isso mesmo que vos queria falar! Já não aguento mais! Não me sinto bem no meu tecido, nem nunca me senti!
CAMISA PAI- o que queres dizer com isso?
CAMISA FILHO- quero dizer que, desde pequeno, nunca me senti como uma camisa! E quando comecei a crescer, fui-me sentindo cada vez mais, uma camisa diferente!
CAMISA MÃE- não percebo….
CAMISA FILHO- mãe, pai, gosto muito de vocês, mas não me sinto uma camisa! Nunca vos disse isso, mas quando saía à noite, com os meus amigos, metia-me sempre por baixo de camisolas de gola alta, para parecer uma tshirt! E tingia-me de cor de rosa, porque não gosto de ser branca, não me sinto branca, nem nunca senti! Depois, chegava a casa, e tomava logo um banho, para me desaparecer o cor-de-rosa, e para vocês não repararem!
CAMISA PAI- não acredito! Mentes!
CAMISA FILHO- Então, olhem para estas fotografias, que estão aqui nesta gaveta!
(o filho mostra aos pais várias fotos, onde surge em diversas poses, mascarado de tshirt cor-de-rosa)
CAMISA MÃE (a chorar)- ai, que horror!
CAMISA PAI- vês o que estás a fazer à tua mãe?
CAMISA FILHO- não tenho culpa! Eu sinto-me diferente, e não aguento mais isto! Olhem….sabem que mais? Vou fazer uma transformação ao Hospital das Camisas!
CAMISA PAI- uma transformação?
CAMISA FILHO- sim, já arranjei dinheiro, e vou ao Hospital das camisas, transformar-me, para ficar, para sempre, uma tshirt cor-de-rosa! E vocês não me podem impedir! E vou mudar de nome! A partir de agora, tratem-me por Pinky, a Tshirt de látex, orgulhosamente cor-de-rosa!
CAMISA PAI- filho, condeno-te neste instante à morte por afogamento!
CAMISA FILHO- queridos pais, apesar de tudo, sempre vos amei!

Neste momento, a CAMISA FILHO abriu a janela e saltou, deixando-se cair no vazio, e ficou a sobrevoar lentamente as ruas da cidade. Nesse momento, havia um imenso e interminável trânsito, que a CAMISA FILHO conseguiu contornar, habilmente, usando as suas mangas como se de asas se tratassem, aproveitando a direcção do vento, que soprava forte, vindo de Leste, para ficar a pairar, durante vários minutos, sobre a azáfama do fim de tarde.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

uma importante dúvida, que me tira o sono durante as noites

Alguém me sabe explicar porque é que o Conan O'Brien diz, em TODOS os seus programas, a seguinte expressão: "We've got a great show tonight"?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

As minhas viagens existencialistas, nº1


Os meus amigos andam todos a viajar. Recebo emails da Nigéria, de Timor-Leste, de Paris, de Berlim, de Barcelona, de S. Tomé e Príncipe....e depois, mandam-me postais, com imagens dos locais, e relatos das ocorrências.
Não me quero deixar ficar para trás. Por isso, neste blog, vou passar a fazer um diário de ocorrências, onde mostro fotos de locais que visito no meu dia-a-dia, nas minhas viagens exóticas, no ano de 2009.
Depois, nas férias de Verão, podemos todos juntar-nos, e enquanto os meus amigos falam dos seus fantásticos encontros com os indíos da Polinésia-Sud-Asíática, não me deixarei ficar para trás, qual "animal da terrinha", e relatarei, também, fidedignamente, os meus perigosos relatos, de encontros com locais em terras selvagens e distantes!
Em primeiro lugar, fica a fotografia deste sítio, quase-selvagem, que apelidaram de "Avenida da Liberdade".
Esperem pelos relatos das minhas aventuras!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ocupações

Para o filme “Chacun son cinema”, feito por ocasião do 60º Aniversário do Festival de Cinema de Cannes, foi pedido a 33 realizadores diferentes, do mundo inteiro, que realizassem uma Curta-Metragem com a duração de 3 minutos, e que reflectisse os seus sentimentos sobre o Cinema.
Os resultados foram, obviamente, díspares, mas houve alguns filmes claramente satisfatórios: o de Cronenberg (como sempre), o de Kaurismaki, o muito divertido filme de Polanski, ou, a grande surpresa, a bela Curta-Metragem do brasileiro Walter Salles.
Alguns filmes foram bizarros: nesta categoria, colocaria o habitual David Lynch, ou o filme de Manoel de Oliveira (com João Bénard da Costa a fazer de Papa João XXIII!!!).
Outro momento bizarro ocorre com a Curta-Metragem do inconstante Lars Von Trier, de seu nome: “Occupations”. Mas vejam: