quarta-feira, 29 de abril de 2009

a pandemania de não chamar os porcos pelos seus nomes

Está na moda a gripe suína, a tal variante do vírus H1N1. Uma nova variante do vírus pode ser transmitida entre humanos, e é considerada epidémica, no México. O governo mexicano anunciou existirem cerca de 150 mortes confirmadas causadas pelo H1N1 e mais de 1600 casos suspeitos, o que levou a Organização Mundial de Saúde a declarar que a doença é uma "emergência na saúde pública internacional". À hora do fecho deste post tornou-se uma Pandemia.
Todavia, não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos, uma vez que, se a carne for cozinhada a 70 graus Celsius, provoca a destruição do vírus da gripe suína.
Os telejornais portugueses falaram, há uns dias, com vários interessados na matéria, incluindo, obviamente, os produtores e as associações de produtores de porcos.
Um dos produtores de porcos disse, indignado, à televisão: “parece incrível, estarem a formular estas falsas especulações em torno da carne de porco, que é perfeitamente segura. De resto, nem sei porque é que esta doença se chama gripe suína, é só para causar alarmismos. Cá para mim, a doença deveria chamar-se "Gripe Mexicana.”

No dia seguinte, o Jornal Público tomou o partido dos pobres porcos difamados, e tratou de repôr justiça no nome da doença, passando a cognominá-la "Gripe Mexicana".
Acho bem. Além de porcos, já os chamavam causadores de pandemias. Antes os mexicanos.

3 comentários:

Maria Ostra disse...

Eu vi um porco andar de biciclete, também conta?

Maria Ostra disse...

Oops!
Bicicleta

Abssinto disse...

Porca miseria, amico mio!