segunda-feira, 27 de abril de 2009
Os Dias do Namorado
O namorado morto
É o namorado perfeito.
Acreditas que continuará a olhar por ti,
Espreitando sorrateiramente lá do além
Sabias sempre onde se encontrava
E que te escutava
Quando lá ias meter uma flor.
O sorriso eternizou-se naquela fotografia que emolduraste,
E na hora da verdade
No momento da extrema-unção
Declaraste-lhe a tua paixão
E juraste eterna fidelidade
Ao teu amante perpetuamente jovem, a imagem ideal.
Não se deturpa, não se gasta, nem se transforma em sapo.
Mesmo quando estava lá debaixo da terra
Não deixava de vir à tona.
Atormentando-me, para onde quer que eu fosse,
Alma penada gentil.
Por muito ridículo que possa parecer, dele sinto ciúmes.
Principalmente, desde que o desenterraste
E o trouxeste numa mala
Que depositaste no meio da sala
Mesmo em frente à televisão.
por isso, querida, larga-o, e pára de brincar
vamos acabar de jantar,
Até porque já estou a ficar maldisposto
com o teu namorado decomposto
que me está a tapar o ângulo de visão.
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5 comentários:
ahah! Quem não ficava?
Se a namorada a que se refre for tão imprtante quanto esta, deste outro poiso: http://angulosaxofonico.blogspot.com/2009/03/sugestoes-para-o-cancioneiro-das.html
não há-de ser assim tão mau...
:P
De qualquer forma, poderá sempre fazer algo idêntico; um memorial ao pêlo perdido, à 1ª unha cortada, ao pequeno-almoço que já lá vai... :S Ugh...
;)
E já agora acrescente ali umas letras que me faltaram... :P
Epa, realmente... é um anti-climax.
Uma coisa é aturar esqueletos no armário, outra é tê-los na sala, a tapar a televisão, sem deixar ver os jogos de futebol.
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