Houve um desafio blogueiro, onde se escolhiam sete canções com significado especial na nossa vida. Acho que o desafio surgiu no blog http://vertigens1.blogspot.com/, cuja autora saúdo, desde já. E peço também a essa mesma autora muitas desculpas por escolher, em primeiro lugar, uma música que ela também escolheu. Falo da Nikita, de Elton John. Escolho esta música por diversos motivos. Lembro-me que era a minha canção favorita, nessa altura. Via sempre o Top +, ou o que quer que houvesse nesses anos, só para ouvir essa canção. E adorava o vídeo, que era realizado no muro de Berlim.
O vídeo esteve várias semanas no primeiro lugar do top. Lembro-me que, quando saiu do primeiro lugar, fiquei triste, porque não podia ver mais o Elton John, aquele tipo estiloso, com uns belos óculos escuros, chapéu e roupas berrantes, a atirar-se àquela rapariga semi-empedernida do bloco comunista.
Só mais tarde é que soube que o Elton John tinha uma grande careca por debaixo daquele chapéu, era gay, e dedicava a música a um Nikita, que era, afinal, um nome masculino (coisa que o realizador do teledisco não percebeu).
Mas ficou a saudade e manteve-se o amor nostálgico pelo bloco comunista e pela Berlim pré-queda do muro, aquela onde um tipo de óculos escuros e roupas berrantes manifestava o seu amor por uma bela rapariga de uniforme, e era correspondido.
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terça-feira, 21 de outubro de 2008
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
O Lux
Após tantos anos, e aproveitando o seu recente 10º aniversário, vou fazer uma confissão, que espero que não seja chocante....ok, cá vai: ODEIO o LUX. Sim, a discoteca da moda (ou que já foi da moda, não sei muito bem), de Lisboa, quiçá, até, da Península Ibérica, como dizem certos entendidos. E dirão: mas sabes que um dos sócios até é o John Malkovich, o fundador é o tipo do Frágil, e que o Lux revitalizou a zona ribeirinha e blá blá blá....
Muito bem, concedo todos esses factos, e acho muito bem que tenha aparecido, e que haja um local que seja uma alternativa ao Eixo Bairro Alto/ 24 de Julho (que abomino), etc.
Mas isto não me faz gostar mais do local. Atenção: tenho amigos e conheço muito boa gente que gosta do Lux! Deve ser problema meu, de certeza. Mas a verdade é que nunca fui muito à bola com aquele sítio, logo desde a primeira vez que lá fui e pedi um café que me saiu os olhos da cara. Claro, dir-me-ão: quem é que pede um café no Lux? Claro- ninguém! Mas serviu-me de aviso.
Depois, passei a ir lá às vezes. Diziam-me que aquilo era muito giro, a música muito boa, e coisas do género.
Mas ia lá às tantas da manhã, depois de sair do Bairro Alto, e apanhava sempre filas enormes para entrar na "Terra Prometida". Ficava séculos, à espera de entrar e gozar o divertimento merecido. Depois, via a gente gira e famosa e chic, amiga do porteiro, que chegava lá com um ar cool e pimpão, piscava-lhe o olho e entrava pelo "ladex". Muito bem! Parabéns para eles! A verdade é que me isto me aumentava a irritação, ao ver aquela casta privilegiada, a entrar de graça, pela porta "especial". (Mais tarde, apercebi-me que havia o culto da entrada pelo "ladex", no Lux. Havia gente que eu conhecia, que conhecia o porteiro, e havia gente que eu conhecia, que conhecia o conhecido do porteiro, e que entrava lá de graça).
Adiante. Depois de esperar uns séculos na fila, lá tinha de desenbolsar os olhos da cara, para poder entrar. Mas não me podia divertir logo, claro que não! Ainda havia a árdua tarefa de "pendurar o casaco", ou seja, esperar mais uns séculos noutro magote para meter o casaco no bengaleiro.
Depois, lá entrava para o piso principal, e deparava-me com aqueles magníficos pufs todos fashion e aquela decoração modernaça, e cheia de bom gosto, e todos aqueles artistas rock, ou artistas da moda, ou artistas plásticos, em suma, os artistas todos unidos, todos juntos, mais as pessoas normais, tudo numa massa compacta, enfiada na pista de dança. E aos fins de semana, para poder dançar, lá ficava pelo meio, a tentar mexer-me ao som daquela música cheia de estilo e moderna, um electro new wave qualquer. E inventei uma nova dança, a dança da rotação das mãos num raio de 10 cm, que era o espaço em que me podia mexer, no meio daquele magote.
A certa altura, fartava-me, e ia pedir uma bebida. Essa tarefa durava-me mais uma meia hora, com sorte, se me enfiasse bem na "fila para as bebidas".
Claro que podia sempre ir para a pista de baixo, onde estava um magote igual de pessoas, todas concentradas, mas ao som de uma batida mais forte, que tornava qualquer comunicação verbal virtualmente impossível.
E passavam-se umas horas assim. Em seguida, podia passar para o ex-libris do Lux, a famosa "varanda onde se vê o nascer-do-sol". Lá ia assistir a este belo fenómeno, entediado com mais umas horas perdidas, e com mais dinheiro mal gasto.
Esta é a minha experiência do Lux. Confesso que nunca fui para a casa de banho snifar coca, nem nunca me enfiei num compartimento secreto, com uma super modelo. Se me tivesse acontecido isso, talvez tivesse outra opinião do local. Mas no Lux, sempre me senti como o último conviva de uma festa, aqueles que chegam lá quando o melhor já se passou.
Não vou lá há algum tempo. Das últimas vezes que lá fui, a fauna tinha mudado, quem dominava o local eram os "actores e as atrozes" dos morangos com açúcar. Agora, acrescido a todos os sentimentos atrás descritos, sentia-me velho quando lá ia, ao ver todos aqueles adolescentes embriagados e reis da festa de 15 anos de idade.
E pronto. Por agora fico-me por aqui. De qualquer forma, dou os parabéns ao Lux e desejo-lhe muitos anos de felicidade!
Muito bem, concedo todos esses factos, e acho muito bem que tenha aparecido, e que haja um local que seja uma alternativa ao Eixo Bairro Alto/ 24 de Julho (que abomino), etc.
Mas isto não me faz gostar mais do local. Atenção: tenho amigos e conheço muito boa gente que gosta do Lux! Deve ser problema meu, de certeza. Mas a verdade é que nunca fui muito à bola com aquele sítio, logo desde a primeira vez que lá fui e pedi um café que me saiu os olhos da cara. Claro, dir-me-ão: quem é que pede um café no Lux? Claro- ninguém! Mas serviu-me de aviso.
Depois, passei a ir lá às vezes. Diziam-me que aquilo era muito giro, a música muito boa, e coisas do género.
Mas ia lá às tantas da manhã, depois de sair do Bairro Alto, e apanhava sempre filas enormes para entrar na "Terra Prometida". Ficava séculos, à espera de entrar e gozar o divertimento merecido. Depois, via a gente gira e famosa e chic, amiga do porteiro, que chegava lá com um ar cool e pimpão, piscava-lhe o olho e entrava pelo "ladex". Muito bem! Parabéns para eles! A verdade é que me isto me aumentava a irritação, ao ver aquela casta privilegiada, a entrar de graça, pela porta "especial". (Mais tarde, apercebi-me que havia o culto da entrada pelo "ladex", no Lux. Havia gente que eu conhecia, que conhecia o porteiro, e havia gente que eu conhecia, que conhecia o conhecido do porteiro, e que entrava lá de graça).
Adiante. Depois de esperar uns séculos na fila, lá tinha de desenbolsar os olhos da cara, para poder entrar. Mas não me podia divertir logo, claro que não! Ainda havia a árdua tarefa de "pendurar o casaco", ou seja, esperar mais uns séculos noutro magote para meter o casaco no bengaleiro.
Depois, lá entrava para o piso principal, e deparava-me com aqueles magníficos pufs todos fashion e aquela decoração modernaça, e cheia de bom gosto, e todos aqueles artistas rock, ou artistas da moda, ou artistas plásticos, em suma, os artistas todos unidos, todos juntos, mais as pessoas normais, tudo numa massa compacta, enfiada na pista de dança. E aos fins de semana, para poder dançar, lá ficava pelo meio, a tentar mexer-me ao som daquela música cheia de estilo e moderna, um electro new wave qualquer. E inventei uma nova dança, a dança da rotação das mãos num raio de 10 cm, que era o espaço em que me podia mexer, no meio daquele magote.
A certa altura, fartava-me, e ia pedir uma bebida. Essa tarefa durava-me mais uma meia hora, com sorte, se me enfiasse bem na "fila para as bebidas".
Claro que podia sempre ir para a pista de baixo, onde estava um magote igual de pessoas, todas concentradas, mas ao som de uma batida mais forte, que tornava qualquer comunicação verbal virtualmente impossível.
E passavam-se umas horas assim. Em seguida, podia passar para o ex-libris do Lux, a famosa "varanda onde se vê o nascer-do-sol". Lá ia assistir a este belo fenómeno, entediado com mais umas horas perdidas, e com mais dinheiro mal gasto.
Esta é a minha experiência do Lux. Confesso que nunca fui para a casa de banho snifar coca, nem nunca me enfiei num compartimento secreto, com uma super modelo. Se me tivesse acontecido isso, talvez tivesse outra opinião do local. Mas no Lux, sempre me senti como o último conviva de uma festa, aqueles que chegam lá quando o melhor já se passou.
Não vou lá há algum tempo. Das últimas vezes que lá fui, a fauna tinha mudado, quem dominava o local eram os "actores e as atrozes" dos morangos com açúcar. Agora, acrescido a todos os sentimentos atrás descritos, sentia-me velho quando lá ia, ao ver todos aqueles adolescentes embriagados e reis da festa de 15 anos de idade.
E pronto. Por agora fico-me por aqui. De qualquer forma, dou os parabéns ao Lux e desejo-lhe muitos anos de felicidade!
domingo, 12 de outubro de 2008
A cumplicidade do cúmplice
Folheando uma dita "revista cor-de-rosa", deparei-me com uma palavra repetida diversas vezes. Sempre que aparecia um casal qualquer, diziam: "e cá está o casal X, que se mostrou sempre muito cúmplice".
Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, cúmplice significa:
adj. 2 gén.,
que tomou parte em delito ou crime;
s. 2 gén.,
pessoa que tomou parte num delito ou crime;
participante em acção condenável;
cooperante;
conivente.
Fiquei esclarecido.
Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, cúmplice significa:
adj. 2 gén.,
que tomou parte em delito ou crime;
s. 2 gén.,
pessoa que tomou parte num delito ou crime;
participante em acção condenável;
cooperante;
conivente.
Fiquei esclarecido.
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