segunda-feira, 28 de abril de 2008

Que Grunge Horror


Pelas paredes da cidade, o cartaz, ameaçador: "Grunge Festa IV - Long Live Kurt Cobain", 24 de Abril, no Santiago Alquimista.

Na myspace sobre a festa, mais algumas explicações: "Na sala Santiago actuarão a banda de Tributo a Nirvana, um project já com 12 anos, e o DJ Cantrell".

Confirma-se: o Grunge está de volta. Com isto estão também de volta muitas das bandas da tristíssima e medíocre "cena musical" dos anos 90: Pearl Jam, Alice In Chains, Stone Temple Pilots, Soundgarden, etc. E muitos destes nomes nem são dos piores.

Brevemente, veremos os adolescentes de outrora, agora trintões ou quase, a envergar, de novo, as antigas camisas de flanela dos 90's, mais as Doc Martens, os calções e as meias brancas. O cabelo, esse já não deve crescer, a idade não perdoa e muitos desses jovens já estão meio carecas.

E talvez a nova geração, dos ipods, MP3 e do sempre a bombar, se sinta também atraída pelo espírito de rebeldia bacoca de há uns anos atrás e comece a andar também com as camisas de flanela, que serão postas à venda, brevemente, nas Zaras, Bershkas e derivados.

Eu próprio fui fã desse movimento musical, no início dos anos 90. Também tinha uma banda que tocava versões de Nirvana, fui ao concerto, chorei quando o homenzinho morreu, etc. Ainda me lembro de explicar a umas colegas de Liceu, "betas", o que era o Grunge, essa nova cena musical. Era, basicamente, uma mistura de várias misturas, o revivalismo mastigado do punk, com uns pós de metal e mais outras coisas quaisquer.

Agora, passados estes anos todos, assisto, pela primeira vez, ao revivalismo de algo que vivi. O revivalismo do revivalismo, com uns pozitos modernos. O pessoal da minha idade, saudoso da juventude perdida, pensa: "olha, afinal o Grunge nem é assim tão mau". São os mesmos que pensam, por exemplo, que os Censurados são bons, porque gostavam de ouvir o Ribas (um dos maiores asnos da história musical portuguesa) cantar, quando eram jovens imberbes, que se armavam em duros quando se lançavam no Mosh.

Os outros vão na cantiga do costume. Agora, invertem-se os papeis, transformei-me no tiozinho, que explica às crianças, fascinadas: "sabem, fui ao concerto dos Nirvana, em 1994....estava um dia quente, lá para zonas de Cascais..."

7 comentários:

Maria Ostra disse...

E as L7, miúdo?!
Coisa feia, essas camisas de flanela, ui! ;P

Post-It disse...

Inspiraste-me um video!
:P

Ninguém disse...

Se vendessem dessas camisas no AD, até compravas uma...

Oh oh oh!

Nunca liguei pevide a Nirvana. :P

odradek disse...

Maria Ostra, cheguei a gostar de L7, mas passou-me, também! Vendo os seus videos, chegamos à conclusão que essas roupas não eram muito femininas!

Post-it, acho muito mais piada às CSS do que às L7. Mas a sua própria versão de uma música desta banda também significa o ressurgir desta moda.

Ninguém, já há camisas de flanela no Adolfo Dominguez?? Vou comprá-las, então, para fazerem uma mistura daltónica com os meus sapatos e as minhas calças!

Ninguém disse...

Ah Ah ah!

Sempre se fez luz, afinal... :P

É melhor começares a pedir opinião ao gato de fora!

Post-It disse...

Sem dúvida! Eu dancei muitas vezes L7, aliás, até tenho um albúm; mas as CSS, com o orgãozinho tipo clarineta e aquela boa disposição... Sem a flanela, quero dizer! ;)Aaah, é outra coisa!
:P

Abssinto disse...

Volta tudo, mas há coisas que deviam ficar sossegadinhas. A mim intigava-me era o nevoeiro de Seattle:D